mesa livre para a vida

não se descreve o viver. para quê tentar?

28 dezembro 2006

o beijo. a terra.

Maria Amaral


distante em tempo e espaço fecho os olhos

enleio-me nos teus braços. não te toco

nem tu sequer me encontras pele e sangue quente

no entanto é misturado ao teu que tenho o corpo

e as almas de tão unidas respiram uma só


tão suave este encontro quanto urgente

vivo-o como quem tem presente já

não ter tempo que sobre para uma guerra

de amor, por mais estimulante e desejada

a única porque vale a pena combater


sorrio ao imaginar. abro os olhos. corro ao jardim

beijo a terra plantada a flores de inverno

ela te vibrará o beijo que lhe entrego.

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