mesa livre para a vida

não se descreve o viver. para quê tentar?

12 dezembro 2006

Amigo


fosse-me o corpo jovem mais que a mente e atreveria verdades no olhar-te.

e no entanto o meu corpo ainda é quente e queira ou não, ainda sei amar

o que é que se interpõe? - tu próprio e tanta gente

tanto caminho me separa de ti ! tanto caminho - sei - a não pisar.


virgens de mim , dos meus traços de afecto, ficarão os caminhos

tão livres quanto são


e eu? eu refugiu-me num calmo fantasiar

a olhar-te e a amar-te e a contornar-te de longe o rosto com a mão.


mas basta-me então esse imaginado tactear?

não, meu Amigo. é bem claro que não.

e já que não posso chamar-te meu amor, uso da liberdade que me assiste

de não fingir tratar-te como irmão.


mais Florbelas, não!

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